Grupalidade em um serviço escola: multiplicidades de um fazer cotidiano
Débora Cipriani, Francine N. de Souza, Juliana S. Ribeiro, Larissa B. da Luz, Luana de Castro Flores e Rosana C. de Castro 37 stricto senso (Especialização de Família e Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Unisinos – Mestrado e Doutorado) e sua supervisão está vinculada a estas atividades acadêmicas. (CASTRO; RUSCHEL; RIVERO, 2015). No presente relato, nos ocuparemos apenas do grupo de su- pervisão de abordagem psicanalítica para o atendimento individual dos casos. Portanto, para fins deste trabalho, designaremos o núcleo em questão de Núcleo de Práticas Individuais. Este relato apresenta a experiência do Núcleo de Práticas Individuais e, mais especificamente, da supervisão de orientação psica- nalítica, no período compreendido entre julho de 2014 e julho de 2015, no que se refere às nossas vivências grupais e de como essa experiência influenciou nos processos de ensino-aprendizagem e as contribuições daí derivadas para o desenvolvimento das nossas competências en- quanto estagiárias para nos tornarmos psicoterapeutas. Supervisão em grupo: ensino-aprendizagem em psicoterapia de orientação psicanalítica – revisão bibliográfica A formação em psicologia apresenta em seu currículo a obriga- toriedade da realização da prática de estágio. De acordo com o Projeto Político Pedagógico do Curso de Psicologia – PPP da UNISINOS (2009), o Estágio Profissional é uma Atividade Acadêmica que cria as condições de comunicação entre as demais disciplinas em torno da te- mática “intervenções em diferentes contextos”. Dentre as múltiplas possibilidades de intervenção, coloca-se o aprendizado da psicoterapia. Sabe-se que a graduação é apenas o primeiro passo de uma extensa jornada relativa ao aperfeiçoamento profissional, mas é desejável que este seja um período para o desen- volvimento de competências e para o aprofundamento teórico-técnico necessários à profissão escolhida e, neste caso, para o aprendizado dos aspectos da psicoterapia e, mais especificamente, da psicoterapia psica- nalítica. (BORGES, 2006). Relativo a este aprendizado, Carvalho (2005) afirma que não se pode negar que algo da técnica é individual, ou seja, pertence ao estilo do analista, ou psicoterapeuta, mas que apesar disso, a leitura do conjunto dos artigos freudianos sobre técnica (tanto os de 1911-1914 como os mais tardios, de 1937) aponta a que uma teoria da técnica psicanalítica não pode ser dissociada do edifício teórico que constitui a
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