Grupalidade em um serviço escola: multiplicidades de um fazer cotidiano
12 Introdução - Cadernos do PAAS Práticas Jurídicas, Práticas Institucionais, Práticas Grupais e de Práticas Individuais e Família. Na afirmação do caráter ampliado da ação em saúde busca contribuir com as políticas públicas de saúde participan- do de conselhos municipais, das redes de atenção socioassistencial e através da parceria com organizações governamentais e não governa- mentais. A série Cadernos do PAAS é uma iniciativa do projeto para fomentar, divulgar e socializar produções realizadas pelos acadêmicos, professores e técnicos sobre sua prática em um serviço escola interdis- ciplinar, com o objetivo de contribuir para uma formação de profis- sionais comprometida com a ampliação da atenção e os princípios das políticas de saúde. Este segundo volume da série conta com a continuidade da par- ceria dos Cursos de Graduação de Enfermagem, Nutrição e Psicologia, assim como o apoio da Ação Social e o financiamento da Unidade Acadêmica de Graduação da UNISINOS. O tema deste caderno emerge, como já aconteceu com o pri- meiro volume, do cotidiano e da micropolítica das relações do PAAS. No momento em que concebemos o serviço escola como um espa- ço vivo na produção dos cuidados em saúde, é inevitável que sejamos constantemente desafiados a repensar nosso fazer na direção de quali- ficar as ações de cuidado e de formação. A invenção ou reinvenção das práticas na direção da ampliação das ações, da clínica, da promoção em saúde trazem para o palco a necessidade de investimento em métodos e técnicas que possam articular-se de forma mais legitima e consistente com a realidade que invade o PAAS através da população que o habita. Estas gentes (usuários, estagiários, técnicos, professores) e seus encon- tros exigem a produção de espaços que acolham estas diversidades. Isto não é estranho à atenção básica, às ESFs, às ações especializadas, aos consultórios, enfim, a todos os espaços onde se produz saúde como efeito de uma multiplicidade que caracteriza nossa contemporaneidade. Todos, especialmente como profissionais de saúde, somos demanda- dos a produzir com estas diferenças e não fazer delas nossos obstáculos ou nossos refúgios. Uma das “boas coisas” de um serviço escola é que temos a possibilidade de viver e refletir sobre como estamos fazendo isso acontecer. Este volume é o resultado de algumas práticas e reflexões que surgem dos deslocamentos inevitáveis no campo das ações técnicas quando nos propomos a inventar modos de acolher. Como ampliar
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