Os desafios da prática interdisciplinar em um serviço escola
Deborah B. de Souza, Letícia S. Van Grol, Martha W. B. Ludwig, Andressa H. Bellé e Ledi K.Papaléo 67 processamento emocional no contexto grupal, inclusão, aprendizado grupal, coesão grupal. Segundo Andretta e Oliveira (2012), a terapia de grupo na abordagem cognitivo-comportamental vem se mostrando como uma estratégia eficaz, pois o grupo atua como um facilitador da aprendizagem de novos comportamentos e cognições. No modelo cognitivo da teoria de Beck, o foco encontra-se na interação dos pensamentos, sentimentos e comportamentos e o mesmo ocorre no grupo, ou seja, o grupo toma como base a tríade do modelo cognitivo. A intervenção grupal com crianças consiste em reduzir os componentes cognitivos, comportamentais e somáticos da ansiedade, utilizando como técnicas a psicoeducação, o relaxamento, a resolução de problemas, entre outras. O presente artigo visa relatar a experiência de uma intervenção grupal interdisciplinar, realizada por alunos da psicologia, nutrição e enfermagem, abordando as riquezas, desafios e aprendizagens ao longo do trabalho realizado. A experiência O grupo foi realizado com crianças de nove a onze anos, residentes no município de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, todas matriculadas na rede municipal de educação. O grupo teve o total de 10 encontros, cada encontro tendo uma temática previamente elaborada. As temáticas foram construídas a partir do diálogo entre os profissionais e estagiários das respectivas áreas: enfermagem, nutrição e psicologia. As mesmas foram pensadas com enfoque no âmbito preventivo e de promoção a saúde do público participante. Ascriançasentreseteedozeanosestãoemumafasededesenvolvimento favorável à promoção de estratégias de educação em saúde. Sendo assim, quanto mais precoce esta intervenção, melhor será a construção de atitudes facilitadoras para a saúde e comportamentos saudáveis (NORONHA, 2011). Segundo Santos (2005) o papel da promoção da saúde cresce em sua importância como uma estratégia fundamental para o enfrentamento dos problemas do processo saúde-doença-cuidado. O desenvolvimento de habilidades sociais na infância atua como prevenção de comportamentos problemáticos e das consequências, como por exemplo, rejeição pelo grupo de pares, relacionamentos interpessoais pobres e comportamentos antissociais. Observa-se ainda uma relação entre as habilidades sociais e comportamentos adaptativos (BANDEIRA, 2009).
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