Os desafios da prática interdisciplinar em um serviço escola

66 Os desafios do trabalho interdisciplinar (?) na perspectiva grupal atendimento à população. O presente artigo visa relatar a experiência de uma intervenção grupal interdisciplinar, realizada por alunos da psicologia, nutrição e enfermagem, abordando as riquezas, desafios e aprendizagens ao longo do trabalho realizado. Um dos elementos essenciais para um trabalho em equipe é o diálogo, e nesta experiência de coordenação interdisciplinar, a dificuldade de dialogo tornou a resolução de problemas mais lenta, embora a experiência tenha trazido muitas aprendizagens. Salienta-se a importância de se fazer uma constante e aprofundada discussão sobre o trabalho interdisciplinar entre profissionais de saúde em instituições de formação. Palavras-chave : multidisciplinar; interdisciplinar; grupo; terapia cognitivo- -comportamental. Fundamentação teórica Atualmente, a educação interprofissional vem ganhando relevância como uma estratégia para formar profissionais aptos para o trabalho em equipe, essencial para a integralidade do cuidado em saúde. Conforme Batista (2013, p.59) “a demanda por uma prática de trabalho que considere sua complexidade, abrangência e perspectiva interdisciplinar realça a relevância da equipe de saúde para o atendimento à população”. Sabemos que na prática, o trabalho interdisciplinar tem um percurso árduo e dos elementos fundamentais para que um trabalho em equipe possa ocorrer, é sem dúvida, o diálogo. A integração deve ser entendida também numa perspectiva de novas interações no trabalho em equipe interprofissional, de troca de experiências e saberes e posição de respeito à diversidade, possibilitando-se, com isso, a cooperação para o exercício de práticas transformadoras, parceiras na construção de projetos e exercício permanente de diálogo (CAPOZZOLO et al. , 2013, p. 60). A experiência que será aqui relatada realizou-se a partir da perspectiva cognitivo-comportamental, e consistiu numa intervenção grupal interdisciplinar. Nesta perspectiva, o processo grupal é o conjunto de fatores que surgem na condução da terapia em um formato grupal. De acordo com Bieling, McCabe & Antony (2008), os fatores que são considerados a partir dessa definição seriam: os efeitos dos sintomas dos membros do grupo nos outros membros; os efeitos da melhora/piora de um membro do grupo nos outros; as formas de interação entre os membros do grupo; a relação terapêutica entre o terapeuta (neste caso, terapeutas) e o grupo; a relação terapêutica entre os membros do grupo; mecanismos grupais de mudança como inspiração, otimismo, modificação de padrões desajustados,

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