89 CAPÍTULO VI – ASSÉDIO MORAL E ÉTICA NO TRABALHO Elisiane Zorzi1 Marciane Diel2 Este capítulo visa discutir a respeito de situações que remetem à temática da ética e do assédio moral. Utiliza como parâmetro as vivências/experiências nos campos de ensino-serviço da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde. Segundo Bobroff e Martins (2013, p. 251) “assédio moral é um fenômeno complexo e uma realidade no mundo do trabalho”. Em outras palavras, sabe-se que o cotidiano de trabalho está cheio de fatores estressantes. Fora as dificuldades inerentes, as atividades do trabalho estão sujeitas ao assédio moral, aumentando assim, o estresse do(a) trabalhador(a) (BOBROFF; MARTINS, 2013). O assédio moral é “um tipo de violência que envolve princípios éticos, individuais e coletivos, e que pode afetar a qualidade de vida dos trabalhadores, levando a doenças físicas, psíquico-emocionais e sofrimento no trabalho” (BOBROFF; MARTINS, 2013, p. 251). Ademais, segundo Amato et al. (2002 apud BOBROFF; MARTINS, 2013), toda a submissão dos trabalhadores a constantes humilhações e constrangimentos, além de afetar negativamente a identidade do(a) trabalhador(a), consistem em atitudes antiéticas e infringem os direitos fundamentais das pessoas que sofrem o assédio. Deste modo, é fundamental que o(a) trabalhador(a) esteja preparado(a) para reconhecer/evitar/combater o assédio moral (BOBROFF; MARTINS, 2013). Entende-se que o assédio moral influi diretamente na vida do(a) trabalhador(a) e seus efeitos podem ser vistos não somente no ambiente e no rendimento do trabalho, mas também em sua vida pessoal, na família e na sociedade: 1 Assistente Social, especialista em Saúde Mental. 2 Assistente Social, especialista em Saúde Mental.
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