83 Jéssika Ferreira de Lima e Rafaela Pereira Silva de participação, seja da/o usuária/o da política de saúde, seja da/o residente que vive este programa, acreditando na construção desta/e profissional diferenciada/o, preparada/o e qualificada/o para o trabalho no SUS. Portanto o estabelecimento de financiamento regular para os Programas de Residências Multiprofissionais de Saúde no Brasil e o investimento na sua potencialidade pedagógica e política, tem por objetivo possibilitar tanto a formação de profissionais quanto contribuir com a mudança do desenho tecnoassistencial do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2006, p. 11). O que fica claro é que na Residência nada está dado, nada é estático ou não pode ser mudado. O programa de residência por si só é um constante pensar e repensar, criar e recriar, afinal, se em algum momento da história se criou uma proposta de residência multiprofissional, a qual até então não existia, a todo momento se criam e recriam perfis de programas que, entre equivalências e particularidades, mantêm o equilíbrio no intuito de conquistar um movimento que respeite as singularidades de cada ênfase, cenário e grupo aos quais se propõe. Ainda que tenhamos uma diversidade de programas, com diversas metodologias, a educação permanente e a participação ativa permanecem como eixo comum a estes programas, como balizador dos processos nos diferentes locais (BRASIL, 2006). Neste contexto se inserem diversas discussões, como a formação para preceptores e tutores, tendo a qualificação permanente de todas/os as/os envolvidas/os como ponto fundante e intimamente ligados. O desafio é formar quadros destes profissionais nos serviços e na própria universidade, afinal o preceptor também precisa compreender a dinâmica dos serviços e sua inserção numa rede complexa de atenção à saúde. O fato de preceptores, em alguns momentos, se perceberem sem a qualificação necessária para as atividades de pesquisa ligadas à residência, merece estudo mais aprofundado e dinâmicas de ressignificação dos saberes (BRASIL, 2006, p. 398). Para além, a avaliação igualmente deve permear o programa como um todo, seja no que se refere às modalidades de avaliação da/o residente dentro do programa como também sobre o próprio programa, seus conceitos e teorias e ainda como está sendo desenvolvido no cotidiano, construindo indicadores para possíveis alterações. Segundo Brasil (2006, p. 398):
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