A saúde mental em evidência: narrativas de um caminho utópico

79 CAPÍTULO V – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: O PAPEL DA INSTITUIÇÃO FORMADORA NO PROCESSO DO ENSINO EM SERVIÇO Jéssika Ferreira de Lima1 Rafaela Pereira Silva2 [...] os desafios, a depender da direção social dada, podem potencializar as contradições, alavancar saídas estratégicas de efetivação de compromisso real com os interesses do trabalho, porque queremos viver como sujeitos históricos que podem decidir os rumos societários, profissionais e pessoais, e não apenas transitar, sem maiores expectativas, pela vida (SANTOS, 2012). Pensar no papel da Instituição formadora no processo de ensino em serviço nasce a partir de inúmeras questões que nós, no lugar de residentes/estudantes/trabalhadoras, constantemente nos questionamos e refletimos. Neste sentido, achamos importante realizar uma busca acerca da história deste processo e da proposta de formação de trabalhadores para o Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de problematizar a função da Instituição à qual estamos vinculadas, tendo em vista que a nossa experiência, ainda em processo vivo, nos coloca frente a muitas questões sobre esse processo complexo e que envolve muitos atores, tais como: residentes, tutores, professores, preceptores e instituições. Diante deste cenário complexo, múltiplo e diverso, percebemos e sentimos a necessidade de entender de que forma se dão os processos formativos e, principalmente, seus objetivos e desafios. Colocamos como atrizes principais desse estudo as instituições que se desafiam a “formar/ (des)formar/(trans)formar” trabalhadores/estudantes para o Sistema Único de Saúde, o qual é atravessado por outras tantas questões políticas, éticas, culturais e socioeconômicas. Compreendendo ainda que, enquan1 Assistente Social, especialista em Saúde Mental. 2 Psicóloga.

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