53 CAPÍTULO III – A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E DA SAÚDE Sophia Luar Araújo Patrício1 Vanessa Ruffatto Gregoviski2 Entendendo que cada vez mais as dificuldades cotidianas ficam evidentes no sucateamento e consequente precarização do trabalho, que geram o desgaste físico e emocional dos envolvidos nesse processo. Este capítulo objetiva demonstrar uma discussão teórica sobre aspectos considerados chaves nesse processo: a flexibilização do trabalho, as jornadas de trabalho, o direito às greves e paralisações, a precarização na saúde e a residência multiprofissional. Para que é importante estudar a precarização do trabalho? Um dos principais problemas associados ao processo de reestruturação das formas de organizar e gerir os serviços é a precarização do trabalho que, no nosso país, a partir da década de 1990, vem acontecendo de modo mais efetivo (TONI, 2007). Esses processos vêm gerando alterações substantivas no mercado de trabalho e nas relações de trabalho que, pela sua natureza multifacetada, sofrem diferentes impactos sobre a população trabalhadora. Essa análise requer que se leve em conta uma gama de variedade, incluindo dimensões socioeconômicas, capazes de revelar situações relacionadas ao trabalho, mas que também interferem na qualidade de vida dos trabalhadores (LOURENÇO; BERTANI, 2007). Entrelaçado a isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro é um marco na história do país por ter a influência direta de movimentos populares (CAMPOS, 2007). Conquistado através de muita luta pelo direito ao acesso gratuito e eficaz à saúde, o SUS enfrenta diariamente adversidades, refletindo o desgaste e precarização, estando à mercê de diversas disputas políticas, econômicas e sociais. 1 Enfermeira, especialista em Saúde Mental 2 Psicóloga, especialista em Saúde Mental e mestranda em Psicologia Clínica.
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