101 CAPÍTULO VII – POR UM CONTROLE SOCIAL QUE FACILITE A (DES)CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS Andréia Aparecida Sates de Lima1 Carine Capra Ramos2 O presente capítulo contempla parte de um debate ampliado sobre saúde mental coletiva e os princípios da saúde pública. Para isto, realizaremos uma análise reflexiva sobre os conceitos referentes ao controle social presentes na literatura, tendo como aporte teórico a análise de implicações com a finalidade de aprofundar a reflexão sobre ambos os temas, assim como sobre o cotidiano da residência multiprofissional. Com isto, pretendemos ampliar o debate sobre estas concepções com a finalidade de promover algumas problematizações sobre estes conceitos, bem como refletir sobre os espaços potentes para a análise de implicações enquanto residentes no exercício do controle social. Vislumbramos, então, afirmar as potencialidades de encontros coletivos já estabelecidos e reconhecer outros espaços coletivos informais nos quais é possível identificar o exercício de um controle social potente tão efetivo quanto as instâncias já formalizadas. Dentre as concepções existentes sobre controle social, Correia (2012) aponta que pode ser entendida por meio da maneira pela qual o Estado exerce controle sobre a sociedade. Também pode evidenciar uma contrariedade, ou seja, pode ser a maneira que os integrantes da sociedade encontram de realizar o controle social e reivindicar seus direitos. Para tanto, o exercício do controle social se dá por intermédio da participação da população e Gohn (2005) compreende que a participação expressa deve se dar de forma comprometida, crítica e consciente. A partir deste entendimento sobre participação e controle social, bem como a compreensão de que a análise de implicações abrange a dinâmica da cotidianidade, objetiva-se refletir sobre a contribuição deste dispositivo 1 Assistente Social, especialista em Saúde Mental. 2 Psicóloga, especialista em Saúde Mental.
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