35 O LUGAR DO SABER Como mulher sofri Vendo o povo lutar, Vejam só que invasão, Invadidos sem pensar Que o sofrimento ora sentido Ia por anos se arrastar. Os abusos e violências Não ficaram para traz, Vários anos se passaram Ainda ecoa nossa voz. Sou indígena tenho alma, Sou a riqueza, sou a nação, Não sou enfeite, nem objeto, Sou a barriga da gestação, Que gestou em ti cultura, Contribuindo com a miscigenação. Na minha alma feminina, Trago a letra da canção, São vozes que gritam alto, Com suavidade e beleza. Sou mulher, sou povo, Sou rio, sou natureza. Cada canto em sua língua, Identidade que em mim ressoa, Sou cultura, ancestralidade, Sou sabedoria, eu sou pessoa.
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