Ecologia Integral: abordagens (im)pertinentes - volume 3
José Ivo Follmann 18 saio no volume anterior, onde o autor trabalhou o tema da ecologia integral dentro da perspectiva da Carta Encíclica Laudato Si’ , propondo algumas incursões na construção da “filosofia ecológica integral” com um rápido pas- seio reflexivo pautando “Estética, Filosofia Ambiental, Antropologia Filosófica, Filosofia da Tecnologia, Epistemologia e Filosofia da Religião” . O capítulo do presente volume tem o título: “Filosofia Ecológica Integral : ampliando a re- flexão”, e busca dar conta de ampliar as reflexões anteriores, compartilhando “considerações filosóficas ecointegrais introdutórias em Ética, Filosofia do Futu- ro, Filosofia Política e Filosofia da Economia” . Ao finalizar o capítulo o autor destaca em forma de “considerações inconclusivas” que outras importantes áreas precisam ser desenvolvidas, dentro desta reflexão. “Essa é uma tarefa aberta, a ser realizada por pesquisadoras e pesquisadores de todo o mundo inte- ressados no novo paradigma”. Na sequência, permanecendo no terreno amplo e sempre provocati- vo da filosofia, inserimos o capítulo oitavo , de autoria de Adilson Felicio Feiler. Pelo filósofo que é a referência central do texto, trata-se de um ensaio que alguns poderiam considerar, até certo ponto, dissonante de toda a lógica presente nas demais abordagens de nossa coletânea. O capítulo tem como título: “Nietzsche: das forças cósmicas à economia ecológica integral”. Trazer aspectos do pensamento de Nietzsche para dentro desta “Mesa Redonda” é , sem dúvida, uma provocação. Pois bem, a “ integralidade da vida” é algo muito caro no pensamento nietzscheano. Não se trata, no entanto, de uma integralidade em que a compaixão e o amor cristão tenham lugar. Ao con- trário, trata-se de uma luta de poderes ou forças. A visão de mundo nietzs- cheana é marcada pelas forças em contradição e luta onde a integralidade se manifesta no domínio dos mais fortes. O autor do capítulo persegue uma questão ousada: “Em que medida, pela ativação das forças cósmicas que supera a moral que separa e ativa a normatividade natural que une, se pode atingir uma economia ecológica integral”? O nono capítulo que leva o título “ Ecologia integral na hipermoder- nidade: a construção do sujeito sustentável em tempos de barbárie ”, e´de autoria de Teresinha Maria Gonçalves, Vanessa Lopes e Bruno da Silva Silveira. Nele se amplia a reflexão sobre a relação “humano-natureza”, a partir de uma lei- tura sobre o conceito de ecologia integral, propondo uma elaboração crítica sobre o sujeito maquínico expresso nos processos de subjetivação vinculados a descontroles contemporâneos, em “tempos de barbárie”, como consequên- cia, em grande parte, do uso exacerbado das novas tecnologias. O texto pauta a questão da mercantilização da subjetividade pela atual sociedade de
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