Ecologia Integral: abordagens (im)pertinentes - volume 3

Adevanir Aparecida Pinheiro, Maria Nilza da Silva e José Ivo Follmann 122 Alinhados com o posicionamento destes dois sociólogos e inspirando- -nos nas manifestações dos acadêmicos em avaliação às reflexões feitas em sala de aula, retomamos neste artigo alguns debates teóricos que podem aju- dar, inclusive, a não perdermos nunca de vista um dos ingredientes básicos nas reflexões sobre ecologia integral e justiça socioambiental, que são foco da presente publicação. 6 Iniciaremos pautando duas contribuições importantes que se somam: por um lado, sobre a sociedade brasileira marcada por um grande “processo de alienação” e, por outro lado, a “patologia social do branco” como reforço permanente desta alienação. Este item tem como título: “A patologia social do branco no berço de uma sociedade alienada” . O segundo item dá conta de uma discussão breve sobre os processos de “colonialização e descolonializa- ção das mentes”, retomando algumas contribuições chaves dos estudos sobre “colonialidade” e “decolonialidade”. O título deste item é: “Por que devemos descolonizar as mentes enbranquecidas?” Em um terceiro item são retomados os conceitos de “branquitude” e “branquidade” trabalhados na tese doutoral (PINHEIRO, 2011), jogando novas luzes sobre o seu entendimento, com o título: “Retomando os conceitos de branquidade e branquitude”. O artigo é finalizado, em suas conclusões, voltando a atenção para o papel da “Educação das Relações Étnico-Raciais” em contraposição à “edu- cação branca” dominante, colonizadora e racista, reforçando a ideia da con- dição sine qua non dessa educação dentro de uma educação para a justiça socioambiental e para o “cuidado da casa comum ”. O título deste item final é: “Tematizando a educação: educação das relações étnico-raciais X educação dos brancos – a título de conclusões”. Entendemos que, assim, a grande chave de leitura apontada a partir de Jessé Souza e Octávio Ianni, é retomada através de diferentes aproximações, que nos ajudam a perceber melhor porque, por um lado, o Brasil tem tanta dificuldade em se despir da camisa de força escravocrata e racista, e, por outro lado, quais são as efetivas pistas de superação disso. Além de textos anteriores elaborados por quem assina este artigo, diversos outros autores e autoras são retomados/as, com contribuições que podem ser consideradas chaves para a reflexão em pauta: Alberto Guerreiro Ramos, Pietra Diwan, 6 A reflexão aprofunda e amplia diversos aspectos já trabalhados em um capítulo do Volume 1 da presente coletânea: PINHEIRO, A. A.; SCHUCK, C. M. Racismo ambiental, ecologia integral e casa comum: uma reflexão crítica a partir do feminismo negro e da educação das relações étni- co-raciais. In : FOLLMANN, J. I. (org.). Ecologia Integral – abordagens [im] pertinentes. Volume 1. São Leopoldo: Casa Leiria, 2020, p. 91-111.

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