Ecologia Integral: abordagens (im)pertinentes - volume 2
João Batista Storck 62 po que damos para que os nossos alunos olhem o mundo e sejammovidos nos seus afetos. Ou seja, é necessário ver qual o tempo que dedicamos para acom- panhar as moções que vão surgindo em nossos alunos e as propostas de mode- los que lhes testemunhamos e apresentamos a partir do nosso “ser educador”. Isso certamente ajudará e fará com que nossos alunos possam ir construindo o seu projeto de vida, a ter um horizonte esperançoso, que ilumine suas escolhas de estudo, trabalho, família e compromisso social. Para que isso ocorra é necessário promover a criatividade nas propostas formativas nas instituições educacionais da Companhia de Jesus, sugerindo novas maneiras de aprendizagens que permitam conhecer mais e melhor a realidade, analisar e buscar modos de contribuir para fazer surgir novos há- bitos pessoais, novas formas organizativas, construindo uma nova sociedade segundo o sonho de Deus. Estaremos, assim, sendo fiéis a nossa missão, dando sentido e justificando a razão da existência dos colégios e escolas da Companhia de Jesus. Quando se fala da pessoa competente , fala-se da dimensão acadêmica tradicional, que conduz ao conhecimento sólido, ao desenvolvimento ade- quado de habilidades e destrezas para alcançar um rendimento profissional efetivo e satisfatório e que possa contribuir na realização da pessoa humana. Afirmam os jesuítas participantes do Seminário: Um aluno competente é o que é capaz de interatuar com a realidade, é um aluno para o qual a educação lhe preparou para maravilhar-se, para fazer perguntas e para propor e resolver problemas, ou seja, é uma pessoa que aprendeu para a vida (SIPEI, 2014, p. 3). Desta forma, de acordo com a visão inaciana, não se pode ser uma pes- soa competente sem relacionar-se com o mundo, ou seja, a pessoa competente tem que se envolver com a vida para aprender dela e, desta forma, transfor- má-la. A Declaração Final do Seminário define a pessoa competente como: Alguém capaz de criar, entender e utilizar o conhecimento e as habilida- des para viver em seu próprio contexto e transformá-lo; é capaz de fazer parte de um mundo mutante e diverso, criando um projeto de vida para os demais e com os demais. É capaz de desenvolver as habilidades inte- lectuais, acadêmicas, emocionais e sociais necessárias para a realização humana e profissional (SIPEI, 2014, p. 2). Como bem salienta a Declaração Final do SIPEI, preparar estudan- tes competentes significa dizer que a educação jesuíta se compromete com
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