Futuro com ou sem agrotóxicos: impactos socioeconômicos globais e as novas tecnologias

Haide Maria Hupffer, Elizete Brando Susin e Jeferson Jeldoci Pol 120 milhares de vidas, destroçou a economia mundial, extinguindo empregos, redu- zindo drasticamente a renda individual, destruindo empresas, gerando uma enor- me crise na saúde pública, instalando-se como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional. O biovírus foi identificado no início de dezembro de 2019, quando, no Oriente, foi detectado um novo agente do Coronavírus, causador de doença res- piratória grave, que evoluiu para uma pandemia sanitária global, ceifando mi- lhares de vidas humanas em todos os países. No Brasil não tem sido diferente: a primeira morte pela Covid-19 foi registrada em março de 2020, sendo que, no final do mês de agosto, apenas seis meses depois, o Ministério da Saúde divulgou dados que contabilizaram 3.908.272 pessoas infectadas com a doença e o número de 121.381 mortes (BRASIL, 2020). Em 31 de agosto de 2020 o mundo já re- gistrava 25.118.689 casos de Covid-19, com 264.107 novos casos em relação ao dia anterior; 844.312 mortes e com o assustador número de 5.385 novos óbitos em relação ao dia anterior (OPAS, 2020). Em números absolutos, o Brasil figura como o segundo país com o maior registro de mortes pela Covid-19. Empresas de todos os segmentos paralisaram suas funções, o comércio foi suspenso, as escolas e universidades foram fechadas, o turismo foi interrompido, eventos e espetáculos foram cancelados, restando apenas o funcionamento de ser- viços considerados essenciais, tais como abastecimento de supermercados e farmá- cias, serviços de segurança pública, distribuição de alimentos e medicação, aten- dimentos à saúde e serviços fúnebres. Nunca antes, na história da humanidade, se teve registro de qualquer crise na saúde humana que houvesse se propagado de maneira tão abrupta e rapidamente se alastrando em todos os lugares do mundo, como o vírus que agora se apresenta. Estudos de Zou, Yang e Shi (2020, p. 270-271) associam o vírus com questões ambientais. Os autores explicam que “desde o surto de síndrome respi- ratória aguda grave (SARS) há 18 anos, um grande número de coronavírus rela- cionados ao (SARS-CoVs) foram descobertos em seu hospedeiro de reservatório natural de morcegos”. Os autores relatam que pesquisas anteriores mostraram que alguns tipos de vírus encontrados em morcegos podem infectar humanos, como o novo coronavírus, classificado como (2019-nCoV), o qual deu início a Pandemia Mundial de Síndrome Respiratória em dezembro de 2019, em Wuhan, China, causando infecções comprovadas em laboratório. O estudo menciona que as se- quências de genomas do novo vírus são quase idênticas ao SARS-CoV, mostrando que o 2019-nCoV é 96% idêntico ao nível do genoma do coronavírus morcego e indicando que a maioria dos casos iniciais de contágio apresentaram histórico de contato com o mercado original de frutos do mar, porém, a doença progrediu passando a ser transmitida pelo contato humano (ZOU; YANG; SHI, 2020, p. 270-271). Na pesquisa desenvolvida por Volgenant et al. (2020), os autores descre- vem as características da doença explicando tratar-se de uma doença infecciosa e emergente, transmitida pelo coronavírus SARS-CoV-2, na qual “alguns dos in- fectados ficam gravemente doentes. Outros não apresentam sintomas, mas ainda podem contribuir para a transmissão do vírus. O SARS-CoV-2 é excretado na

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