História e políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas
71 Márcia Cristina Furtado Ecoten, Carolaine Kirch e Joja da Silva Vaicëulionis Paulo Maranhão Em 1932 fazia parte do grupo dirigido por Anísio na gestão da Instru- ção Pública do Distrito Federal. Raul Carlos Briquet Professor de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de São Paulo (1932). Foi membro da Academia Paulista de Letras, do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Associação Paulista de Medicina, So- ciedade Paulista de História da Medicina, Sociedade de Obstétricos e Ginecólogos de Buenos Aires, Sociedade de Ginecologia de Montevi- déu e Associação Médica Argentina, professor emérito da Faculdade de Medicina da USP. Raul Rodrigues Gomes Professor de ensino médio e universitário e jornalista. Sezefredo Garcia de Rezende Jornalista. Atuou com Attílio Vivacqua na reforma do ensino do es- tado do Espírito Santo, entre 1928 e 1930, ocupando o cargo de ins- petor escolar. Em 1932 jornalista de vários diários no Rio de Janeiro. Fonte: Produzido pelas autoras, conforme Saviani, 2008, p. 235 - 239. Analisando o quadro acima, podemos ver com mais clareza as diferentes profissões e atividades desenvolvidas pelos(as) signatários(as). Dentre o grupo havia três mulheres. Armanda Álvaro Alberto, fundadora da Escola Regional de Meriti além de participar do grupo fundador da Associação Brasileira de Educação (ABE), em 1924. Cecília Meirelles, que trabalhava com Anísio Teixeira e era diretora da página de Educação do Diário de Notícias do Rio de Janeiro; Noemy Rudolfer, chamada por Lourenço Filho para organizar o apoio psicopedagógico às escolas, im- plantando o Serviço de Psicologia Aplicada, posteriormente, Fernando de Azevedo indicou seu nome para substituir Lourenço Filho na cadeira de Psicologia Educacional na antiga Escola Normal de São Paulo. Dentre os demais estavam professores de várias áreas e níveis educacionais, advogados, jornalistas, médicos, atuando em diferentes funções como, diretores da Instrução Pública, fundadores e participan- tes de associações e sociedades, inspetores escolares, redatores de jor- nais, chefes de gabinete e reitores de universidades, que se destacavam em suas áreas de atuação. Como exemplo, podemos apontar o que Frei- tas nos traz sobre Fernando de Azevedo: Em 1932, Fernando de Azevedo já havia realizado importante reforma educacional no Rio de Janeiro. Em SP, seu verdadeiro espaço político, movia-se na esfera de influências do jornal O Estado de S. Paulo, e participava dos movimentos de bastido- res que dariam origem à Universidade de São Paulo, em 1934, dentro da qual atuou com expressiva liderança na definição do “modo de ser” da instituição. Isso quer dizer que o redator do Manifesto de 1932 não era um personagem qualquer. (2005, p. 167).
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