História e políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas

65 Márcia Cristina Furtado Ecoten, Carolaine Kirch e Joja da Silva Vaicëulionis b) O ponto nevrálgico da questão c) O conceito moderno de Universidade e o problema universitário no Brasil d) O problema dos melhores A unidade de formação de professores e a unidade de espírito O papel da escola na vida e na função social Conclusão: A democracia – um programa de longos deveres. (p. 240). O início dos século XX apresentou um aspecto comum a vários países da América Latina: a divulgação de manifestos como estratégia de intervenção política. Tal estratégia apresentava algumas características importantes, como a organização das adesões ao documento, reunir in- telectuais de prestígio (para demonstrar credibilidade), representar um grande projeto de interesses gerais e, especialmente, negar o interesse particular. Sobre os manifestos, Freitas (2005) explica: O Manifesto é portador de um “marco zero”. Atesta simulta- neamente o que do passado deve ser deixado para trás e o que do futuro se anuncia nos seus conteúdos. O “novo” só é efe- tivamente novo se os princípios forem aceitos e suas reivindi- cações atendidas. Por isso, manifestos têm signatários que são exibidos como “garantia” de sua força e seus autores procuram a imprensa para que aconteçam, antes e tudo, como notícia: eis que o novo vem para enfrentar o envelhecido. (p. 169). O documento é repleto de novas ideias relacionadas à educação que, segundo o texto, deveria ser vista como instrumento essencial de reconstrução da democracia no Brasil, com a integração de todos os grupos sociais. Os pioneiros eram a favor de uma educação pública, gra- tuita, mista, laica e obrigatória. O Estado deveria se responsabilizar pelo dever de educar o povo. Para este fim, deveria proporcionar uma escola de qualidade e gratuita, possibilitando assim a concretização do direito biológico dos indivíduos à educação e, tendo em vista os interesses dos indivíduos em sua formação e a necessidade de progresso. Tal educação devia ter caráter obrigatório. OManifesto dos Pioneiros primava pela relação entre diferentes níveis da educação entre si, e destes níveis com o nível de desenvolvi- mento dos/as alunos/as, bem como pela relação entre a escola, o traba- lho e a vida: entre a teoria e a prática, em favor do progresso. A princi- pal crítica a respeito da educação brasileira daquele momento é que o

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