História e políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas
31 Alessandro Carvalho Bica, Simoni Costa Monteiro Gervasio e Tobias de Medeiros Rodrigues a responsabilidade de jornalistas. Entrevistas e reportagens atinentes a assuntos educacionais foi a tônica dos 3 números editados nessa fase. [...] A continuação da revista a partir de 1992: Depois de todos esses anos de trabalho, de iniciativas, de retomadas constantes, buscando a veiculação de um perió- dico que tantas contribuições trouxe à Educação do Estado e do País, não podemos permitir a interrupção deste processo. Hoje, a Revista do Ensino está retornando. [...]. No prossegui- mento deste trabalho, reiteramos o propósito de nosso empe- nho para que ela volte a ser um importante suporte teórico- -prático no processo de ensino-aprendizagem, colaborando na atualização e aperfeiçoamento do professor. (REVISTA DO ENSINO DO RIO GRANDE DO SUL, 1992, p. 62-64). Sobre a trajetória da RE/RS, Moraes (2010) destaca diferentes momentos percebidos com “fases específicas marcadas por movimentos políticos e mudanças sociais importantes. Podemos perceber a revista como potente periódico educacional funcionando como objeto cultu- ral” (MORAES, 2010, p. 63). A autora pontua ainda ter sido a edição nº 182, que correspondeu aos meses de outubro a dezembro de 1994, a última edição da RE/RS que se tem notícia, acreditando esta ter sido a última a ser publicada. Bastos (1997) também destaca a atuação da Revista do Ensino, pontuando alguns aspectos: Alguns momentos deste ciclo de vida mostram-se singulares e importantes à educação rio-grandense: o período em que este- ve sob supervisão técnica do CPOE/RS (1957-1971), fazendo a articulação direta entre a equipe técnica e pesquisadores da SEC/RS e o magistério; o período de implementação da refor- ma do ensino de 1º e 2º graus, a partir de 1971, cujo resultado foi a descontinuidade e descaracterização da revista; a equipe diretiva, notadamente a participação da Prof. Maria de Lour- des Gastal e sua contribuição para a divulgação da educação rio-grandense em nível regional e nacional; o período da dé- cada de 90, que marca uma nova característica da revista feita por jornalistas para professores, os quais procuravam acom- panhar as novas tendências da educação brasileira em suas re- portagens; a recepção da revista junto ao seu público-leitor, a sua leitura do corpus textual e as aplicações realizadas no seu cotidiano escolar. (p. 62-63). Outra questão que justifica o interesse no trabalho com os im- pressos pedagógicos da imprensa de educação e ensino está, conforme Fernandes (2008), na percepção de que sua análise permite ao pesqui- sador apreender a multidimensionalidade do campo pedagógico “já que fazem circular informações sobre o trabalho pedagógico e o aperfei- çoamento das práticas educativas, o ensino específico das disciplinas,
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