História e políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas
269 Maria do Horto Salles Tiellet [...] muitas vezes, à simplificação na definição de pobreza, como sua delimitação a partir de um determinado nível de renda (GUSTAFSSON, 1995). Por um lado, é fato que, em economias de mercado fortemente monetizadas, a renda cos- tuma ser a melhor aproximação para o nível de bem-estar das famílias. (MAIA; BUAINAIN, 2011, p. 11). Assim, Salama (2011, apud MAIA; BUAINAIN, 2011, p. 7) afirma que o crescimento econômico “é uma condição essencial, mas não suficiente para reduzir a pobreza e a desigualdade. É fundamental que esse seja estável e acompanhado por políticas que beneficiem, espe- cialmente, a geração de renda e emprego de qualidade aos mais pobres”. No campo cultural, no que diz respeito à escolarização, as di- ferenças entre os segmentos da população jovem são marcantes, e, de acordo com os dados do IBGE (2010), o número de pessoas, no mu- nicípio de Cáceres, com dez anos ou mais de idade sem instrução e com o Ensino Fundamental incompleto, totaliza 38.307. Destas, 8.134 pessoas não têm instrução ou têm menos de um ano de estudo — per- centual de 10% da população residente total. As pessoas com um e três anos de estudo somam 12.660, correspondendo a 15,53% da popula- ção do município. Constata-se que “mais de 10% da população de Cá- ceres acima de 15 anos de idade é analfabeta 18 ”, isto é, 6.958 pessoas, o que confirma os dados nacionais de que 1,5 milhão 19 de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Somente 12,46%, ou 10.144 habitantes, têm 12 anos ou mais de estudo. E no Ensino Superior completo somam 5.049 pessoas resi- dentes (Tabela 1). 18 Disponível em: < http://www.jornaloeste.com.br/noticias > . Acesso em 30 set. 2015. 19 PARENTE, Rafael. Por que “gamificar” a educação. Disponível em: < http://wp.clicrbs. com.br/opiniaozh/2015/09/12/artigo-por-que-gamificar-a-educacao/> . Acesso em: 12 set., 2015.
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