História e políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas

188 A história de um pesquisador em formação, seu lócus de investigação e seus estudos... lonial, meio coronelista, que por muito tempo definiu o papel que os mais jovens deste país deveriam ter: um papel de submissão, quando não muito, mão de obra barata. A TRAJETÓRIA DE UM PESQUISADOR Ingressei no Curso de História, Licenciatura Plena, da Universi- dade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), no primeiro semestre de 2002 e terminei minha graduação no segundo semestre de 2010. Devi- do questões econômicas levei mais tempo para terminar o curso do que havia planejado inicialmente. A opção por licenciatura em História era antiga, vinha de inspirações que tive durante o Ensino Fundamental, inspirações tão positivas que desde sempre influenciaram minha opção profissional, antes, durante e depois da graduação. Distingo minha trajetória acadêmica em dois momentos: o an- tes e o depois de fazer parte de um projeto de pesquisa. Durante o antes, sentia falta de um envolvimento maior com a universidade, sentia que não estava ativando todo o potencial implícito nela e em mim. Durante o depois, tudo mudou. Minha relação com a instituição, com os pro- fessores, com os colegas e principalmente, com o conhecimento. Diga- mos que a curiosidade epistemológica da qual Paulo Freire falava me impregnou. As disciplinas e os programas de aprendizagens, por mais completos que fossem, pareciam ser apenas a superfície de um vasto universo de novos e complexos temas a serem ainda explorados. Ainda não satisfeito, busquei participar de seminários, conferências, fóruns, congressos, encontros, colóquios, palestras, debates, minicursos, mos- tras, feiras e apresentações que, infelizmente, não há espaço aqui para serem explanados. Na perspectiva artesã de Charles Wright Mills, tanto uma quanto a outra experiência enriquecendo a anterior. Iniciei minhas atividades como Bolsista de Iniciação Científica 2 trabalhando com o Professor Doutor Karl Martin Monsma no projeto 2 A iniciação científica é um processo onde graduandos universitários podem fazer pesqui- sa, produzir conhecimento e socializar resultados. Durante o proceder, o participante da iniciação científica tomará contato com a fundamentação teórica de uma pesquisa cien- tífica, bem como será familiarizado com as bases metodológicas da/para a pesquisa. Tal experiência complementa, amplia e proporciona inteireza a formação acadêmica, uma vez que corrobora para a relação ensino-pesquisa-aprendizagem, transformando graduandos em pesquisadores em formação. Tal relação ocorre mais facilmente quando se encontram graduandos motivados e políticas públicas de incentivo.