94 Avaliação emancipatória: as ressignificações dadas na política do Ensino Médio Politécnico tica do Ensino Médio Politécnico, para finalmente apresentar o conceito da prática nas escolas de Farroupilha/RS. AVALIAÇÃO EMANCIPATÓRIA Avaliação Emancipatória é um conceito que tem como sua principal teórica a professora Ana Maria Saul. A denominação foi registrada pela primeira vez na tese de doutorado de Saul, publicada em 1988 (SAUL, 2008), sendo a autora referenciada diversas vezes nos textos da política do Ensino Médio Politécnico. A Avaliação Emancipatória foi proposta pela política do Ensino Médio Politécnico como uma forma de entender a avaliação das aprendizagens dos alunos e seu rendimento escolar. A política, em seu texto, também propõe avaliação da escola “a fim de subsidiar a elaboração ou readequação dos planos de gestão, de docentes e dos demais profissionais envolvidos com a escola”4. (RIO GRANDE DO SUL, 2012). Saul (2008) entende as práticas de avaliação como uma ação ativa daquele que avalia. A avaliação incide sobre práticas educativas e tem relação com a compreensão que o professor tem de educação, ou seja, é implicada de subjetividade: Vale dizer, portanto, que a avaliação não é uma ação neutra, como muitos querem fazer parecer. A avaliação, na escola, particularmente na sala de aula, incide sobre práticas educativas e, consequentemente, as decisões que precisam ser tomadas sobre métodos, procedimentos e instrumentos de avaliação somente fazem sentido se forem coerentes com essas práticas. (p. 19). A avaliação das aprendizagens está relacionada com o modelo de educação e de sociedade que se pretende formar. Segundo Luckesi (2005, p. 29-31) o modelo social dominante, identificado como modelo liberal conservador, produziu três pedagogias diferentes: pedagogia tradicional, pedagogia renovada ou escolanovista e pedagogia tecnicista. Em novas alternativas de pedagogia, com a intenção da produção de uma sociedade mais igualitária, surgiram a pedagogia libertadora, manifestações da pedagogia libertária e a pedagogia dos conteúdos socioculturais. Esses modelos são assim agrupados por Luckesi: 4 Embora haja esta preocupação expressa no texto da política, na prática das escolas não houve referência a avaliação que não fosse a avaliação das aprendizagens.
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