41 Simone Martins da Silva gestão da escola, currículo escolar, formação docente e até a análise de sistemas e unidades escolares similares. Partindo desses critérios analisou-se que 12 gestores, ao assumirem o cargo de diretor ou vice-diretor, percebem que receberam formação específica sobre os processos de avaliação em larga escala pelos dirigentes dos Colégios da Rede Marista e 6 consideraram que a formação aconteceu em parte. Interessante esse dado pois podemos cruzá-lo com o grau de responsabilidade que esses mesmos gestores atribuem a si, para com estes processos. Se tem-se 6 gestores percebendo que recebem a formação específica em parte, este contexto pode apontar aos dirigentes da Rede oportunidade de melhoria na formação promovida aos gestores e também no nível de profundidade que o assunto entra em pauta no acompanhamento aos profissionais. Conclui-se também que os gestores podem estar interpretando de forma distintas as formações em relações as avaliações, sendo a ênfase percebida no SIMA. “Referente ao SIMA sim, e com bastante profundidade, mas em relação ao ENEM especificamente não vejo tanta ênfase na formação”, diz um entrevistado. Por outro lado, para a maioria dos gestores respondentes há ações e projetos administrativos e pedagógicos (Planos de Ação Locais) que estão sendo planejados a partir dos resultados das avaliações em larga escala e que estão auxiliando na melhoria dos processos educacionais, como “a ampliação de carga horária para formação de professores e projetos com metodologias por área do conhecimento”, relata um gestor. Diferentes aspectos internos e externos, conforme Dourado, Oliveira e Santos (2007), podem representar e/ou interferir na avaliação da qualidade, o que nos faz problematizar que ter como referência apenas resultados de avaliações em larga escala para tomada de decisão pode, inclusive, diminuir a possibilidade de efetivação de uma educação de qualidade, não abrangendo todos os aspectos organizacionais da Instituição. Segundo os gestores, os resultados das avaliações em larga escala estão sendo instrumentos de partida, de análise de alguns indicadores, mas não como instrumento único de avaliação da qualidade educacional. Há de se levar também em consideração, em relação à qualidade educacional, especificamente se tratando da Instituição Marista, os indicadores relacionados à cultura identitária e organizacional de cada unidade, conforme opina um gestor:
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz