294 A qualidade da educação e o Programa Universidade Para Todos: o que diz... percurso realizado com o auxílio de um conjunto de conceitos utilizados tanto na produção, quanto na análise de um objeto. Nesse sentido, pensar no processo metodológico se torna um elemento fundamental na construção da pesquisa. Fontoura e Morosini (2017, p. 143) apontam em suas considerações o modo que a utilização de “metodologias distintas resulta em diferentes resultados, acarretando diferentes entendimentos sobre a problemática investigada”. Como já apontamos anteriormente, o estudo aqui proposto, se materializa a partir da utilização de princípios de Estado do Conhecimento, abordagem metodológica que se caracteriza pela pluralidade de perspectivas no campo operacional. Alguns autores como Ferreira (2002), Romanowski (2002), Melo (2006), Fiorentini e Lorenzato (2007), Morosini (2015), percebem esta proposta metodológica a partir da diversidade dos objetivos e dos focos dados ao estudo, pois eles indicariam o melhor arranjo operacional para a pesquisa. A utilização de princípios de Estado de Conhecimento busca “[...] inventariar, sistematizar e avaliar a produção científica numa determinada área de conhecimento”, como aponta Fiorentini (1994, p. 32). Neste estudo, dentre as abordagens possíveis, utilizamos a perspectiva de trabalho de Morosini (2015, p. 101) sobre a produção de Estados do Conhecimento. Para a autora, os Estados de Conhecimento se apresentam como uma possibilidade de “identificação, registro, categorização que levem à reflexão e síntese sobre a produção científica de uma determinada área, em um determinado espaço de tempo” (MOROSINI, 2015, p. 102), oportunizando ao pesquisador, uma ampliação do seu conhecimento sobre determinado campo de pesquisa, temas e temáticas emergentes. Segundo a autora, a operacionalização desta abordagem se estabelece a partir de 3 (três) fases metodológicas distintas: a Bibliografia Anotada, a Bibliografia Sistematizada, e por fim, a Bibliografia Categorizada. A Bibliografia Anotada se apresenta como um primeiro movimento de aproximação com o material bibliográfico, no qual fazemos a escolha pela(s) base(s) de dados que faremos a captação do material a ser analisado, os descritores a serem utilizados como “gatilhos” junto a(s) base(s) de dados, a temporalidade no qual se busca com a investigação, entre outros aspectos. Já na Bibliografia Sistematizada há um aprofundamento maior junto ao material captado na etapa anterior, tendo a luz os objetivos do estudo, pois para além das informações de caracterização geral, como o nome do autor, ano de publicação da obra,
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