281 María Julieta Abba universidade federal brasileira localizada na cidade de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, próxima à tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Foi criada em 2010, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, com a missão de: [...] contribuir para a integração solidária e a construção de sociedades na América Latina e Caribe mais justas, com equidade econômica e social, por meio do conhecimento compartilhado e da geração, transmissão, difusão e aplicação de conhecimentos produzidos pelo ensino, a pesquisa e a extensão, de forma indissociada, integrados na formação de cidadãos para o exercício acadêmico e profissional e empenhados na busca de soluções democráticas aos problemas latino-americanos. (UNILA, 2012, p. 1). Nascia assim uma universidade pensada para a promoção da integração regional, baseada em valores solidários em uma perspectiva crítica, que colaboram para que todos os atores universitários (estudantes, professores, gestores, entre outros) pensem em conjunto soluções para os problemas que afetam a região. A fim de cumprir essa missão integracionista, todos os anos, são oferecidas vagas, em proporções iguais para estudantes brasileiros e internacionais, para realizar seus estudos de graduação na UNILA. O processo seletivo desses grupos é realizado em português e espanhol, levando em conta a diversidade dos alunos, a promoção do bilinguismo na instituição e também o objetivo de igualdade de acesso. Destaca-se que a UNILA adota o português e o espanhol como idiomas oficiais, mas também são oferecidos cursos de guarani para os estudantes que desejam aprender essa língua. Outro aspecto importante é a assistência estudantil oferecida aos estudantes internacionais que apresentam situações socioeconômicas vulneráveis. Essa assistência está composta por três itens: alojamento, alimentação e transporte. Segundo dados do Relatório Institucional “UNILA em números” (UNILA, 2016), entre o período de 2010 a 2016, os estudantes de graduação matriculados na UNILA representaram 18 nacionalidades latino-americanas, sendo os brasileiros os que representam um número maior de matrícula neste período (1984), seguido pelos alunos paraguaios (415), os colombianos (136), os argentinos (75), entre outras nacionalidades. A esta informação, podemos incluir dados fornecidos pelo Departamento de Informação Institucional da UNILA de 2017, segundo o qual em 2017 estudantes de Honduras, Nicarágua, Japão e México são incorporados, o que representou um aumento do número
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