269 Adilson José de Almeida e Rute Rosângela Dalmina exercidas no meio acadêmico, tem levado à redução da missão da universidade e fomentado ações que atendem as pressões do mercado. As discussões sobre a educação e a necessidade dessa para o ser humano, tem sido esmaecida ou deixando de lado, sem provocar uma reflexão acerca de temas importantes, que não chegam até seus alunos, os quais não são sensibilizados a discutir. Neste sentido, ao olhar para fora percebemos como a Universidade está inserida num discurso que reforça a competição, abandona o coletivo e prioriza o individual e o econômico. Para Vallaeys, Cruz e Sasia (2009), esses impactos sociais refletem diretamente no ser da universidade e em seu entorno, devido à falta de reconhecimento da sociedade para a identidade, história e finalidade social da universidade. Para estes autores, este pensamento afasta-se drasticamente do papel da Universidade, porque incute outras finalidades que não são alcançadas num coletivo democrático, ao contrário, esse pensamento imprime e reforça uma ideia de sociedade individualista e, portanto, escravizada pelo seu próprio pensamento. Discutir qual o papel da RSU no atual contexto, é um modo que encontramos para tensionar sobre os papeis da Universidade diante das constantes e permanentes mudanças. Essa mudança na vida da universidade, tem mesclado seus vários afazeres. O contexto neoliberal, tem ocupado a agenda da universidade com o ensinar a empreender, a inovar, a criar novos produtos. Nesse sentido, pensar em práticas que favoreçam o coletivo e formas de romper com o pensamento de interesses individuais em defesa da sociedade que está imersa em desafios é um eixo da responsabilidade. Ao exercitar essa responsabilidade, a Universidade contribui com a construção de um novo paradigma, pautada no diálogo que discute de dentro para fora e de fora para dentro, a reconstrução dos valores da vida coletiva e pessoal. No centro dessa questão, a RSU passa a repensar as práticas que qualificam o trabalho da universidade, sem a intenção de usar o seu trabalho como uma linha demarcatória entre a ambiência interna e externa, mas criar novas subjetividades de integrar a própria universidade e a sociedade em uma nova razão de ser. RSU COMO PRÁTICA A partir das recentes configurações do mundo do trabalho, o plano educacional passou a se sustentar sob uma nova base técnica de
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