249 Julian Silveira Diogo de Ávila Fontoura na Educação Profissional e Tecnológica (PACHECO, 2011), na busca por aproximações e distanciamentos existentes entre o conceito e a sua materialidade. O contexto emergente dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia traz consigo alguns aspectos interessantes como a perspectiva da valorização da educação e das instituições públicas na construção de uma nação soberana e democrática, possibilitando, dessa forma, o combate às desigualdades estruturais de toda ordem. Esta nova institucionalidade acaba por assumir um importante papel no desenvolvimento das regiões que polarizam, já que no conjunto se tornam agentes estratégicos na estruturação de políticas públicas, servindo ainda como elo mediador entre o poder público e as comunidades locais. Do ponto de vista político, esta institucionalidade representa a superação de um modelo educacional pautado apenas por uma visão técnica, perspectiva que deixa a margem dos processos de escolarização, uma série de sujeitos que por diferentes motivos foram excluídos do meio educativo formal. Esta nova institucionalidade ainda se apresenta como um projeto de educação que se articula com diferentes esferas do poder público e da sociedade, imbricada de forma intensa com uma ideia de política pública e suas variações: Políticas Sociais (BIANCHETTI, 2001) e Políticas Educacionais (MARTINS, 1993). Acreditamos que o contexto emergente caracterizado por Morosini (2014), acaba por representar o “modelo” contemporâneo do movimento existente na Educação Superior sob duas perspectivas dialéticas hegemônicas de educação universitária. O contexto emergente se mostra como sendo o espaço existente entre dois modelos de Educação Superior, um pautado sob o viés da tradição universitária, priorizando seu alunado, voltada para a efetivação do bem-estar social; e outro modelo que figura sob a perspectiva do autofinanciamento, uma relação íntima com o mercado de trabalho, o bem-estar individual, e os conceitos de eficiência e eficácia. Dessa forma, percebemos que exte contexto, da forma como está desenhado, acaba não dando conta da complexidade no qual os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia se apresentam, não podemos deixar de considerar em nossa análise, que mesmo fazendo parte do Sistema de Educação Universitária, esta instituição não é uma Universidade, não compartilha da mesma missão, dos mesmos objetivos e do mesmo paradigma operacional. Os Institutos Federias de Educação, Ciência e Tecnologia, pela forma da lei, são equiparados a Universidades – como a Lei nº
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