248 Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: possibilidades no arranjo do... Percebemos que cada um deste modelos universitários contribuíram para a construção do modelo de Educação Superior que temos hoje no Brasil. Aqui não estamos fazendo um julgamento sobre o melhor modelo de Educação Superior europeu, ou ainda qual o melhor modelo a ser aplicado no sistema brasileiro, estamos aqui tecendo alguns apontamentos que nos auxiliem a compreender a efetivação da Educação Superior em nosso país, no sentido de fornecer subsídios para compreendermos o contexto emergente aqui apresente. É inegável a influência destes modelos na gênese da consolidação instituições universitárias em nosso país, especialmente se nos atermos ao cerne da Educação Superior a partir de algumas dimensões: o ensino, foco do modelo inglês, a pesquisa presente na ênfase do modelo francês e a extensão como objetivo maior do modelo universitário alemão, nos mais diversos contextos. (FONTOURA, 2018). A perspectiva de uma política pública imbricada na consolidação da institucionalidade dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, não se caracteriza apenas pela sua vinculação com o orçamento e os recursos de origem pública, mas sim, ao comprometimento com todo o social, como elemento fundante da equidade presente na diversidade (social, econômica, geográfica, cultural, etc.); e ainda estar articulada a outras políticas (de trabalho e renda, de desenvolvimento setorial, ambiental, social e mesmo educacional) de modo a provocar impactos nesse universo. (BRASIL, 2010). Durante o processo investigativo, percebemos que a constituição do contexto emergente presente junto a institucionalidade dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, se mostram a partir da relação estabelecida sobre distintas dimensões presentes na sua estrutura institucional. PERSPECTIVA DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA A partir do conceito de contexto emerge da Educação Superior de Morosini (2014), nos apropriamos de alguns documentos institucionais balizadores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, como as Concepções e Diretrizes dos Institutos Federias de Educação, Ciência e Tecnologia (BRASIL, 2008a), a Lei Federal n° 11.892/08 (BRASIL, 2008b), e ainda os apontamentos dos articuladores desta política presentes na obra Institutos Federais: Uma Revolução
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