226 Do papel da universidade aos fundamentos do MESP: uma análise da colaboração acadêmica Alguns dados e resultados da pesquisa que o professor desenvolve desde 2007 são encontrados no texto “A situação do ensino no Brasil: doutrinação ideológica e incapacidade de desenvolver competências”, também nesse texto expõe que está trabalhando em uma obra “Quebrando a corrente: por uma crítica da geografia crítica”. Tendo apresentado, em linhas gerais, os professores que disponibilizaram seu conhecimento para subsidiar teoricamente o MESP, passaremos aos textos propriamente ditos, destacando suas principais ideias e a correlação com os conceitos já trabalhados anteriormente. A sistematização dos artigos será encontrada no apêndice “Análise dos artigos publicados no site do Movimento Escola Sem Partido”. O QUE FALAM OS UNIVERSITÁRIOS Observamos nos artigos as seguintes categorias: “papel do professor e/ou cientista”, “papel do estudante”, “autores reforçados” e “autores criticados”. Os artigos são escritos pelos mais diversos motivos, de falas específicas de professores ou pais de alunos até a divulgação de alguma pesquisa autônoma sobre o assunto. Os traços comuns aos artigos são o ataque ao que chamam de “esquerda” e o rechaço às teorias críticas. Tomam como base para o ataque e o rechaço o posicionamento cientificista, apesar do reconhecimento de que o ponto zero da observação é impossível, colocam esse como ideal a ser seguido. As questões de gênero aparecem pouco, enquanto a questão da doutrinação política aparece substancialmente. Os seres mais atacados são o livro didático e o pesquisador, quando o professor é citado ele adquire os adjetivos doutrinador e militante. O sujeito que aparece como objeto dos textos é o professor militante de esquerda, que na universidade é caracterizado, pelos textos, como professor pesquisador cuja base teórica corresponde ao materialismo histórico, ao materialismo dialético, à escola crítica de Frankfurt e à vertente histórico-crítica. Os pensadores criticados nos artigos possuem conexão com as vertentes citadas: Antônio Gramsci, Dermeval Saviani, Iradj Roberto Eghrari, José Carlos Libâneo, José Willian Vesentini, Karl Marx, Miguel Gonzales Arroyo, Moacir Gadotti, Paulo Freire, Slavoj Zizek e Xico Graziano. Segundo os autores, para sanar o problema que é o professor militante de esquerda a universidade deve formar o professor sem dou-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz