Políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas

183 POLÍTICAS E SUAS INTERFACES NA ESFERA PÚBLICA: DECISÃO, CONSTRUÇÃO E REGULAÇÃO Graziela Rossetto Giron1 Mônica de Souza Chissini2 INTRODUÇÃO A consciência da política surgiu pela primeira vez com Aristóteles, filósofo grego que afirmou que “o homem é um animal político”. Segundo ele, o ser humano tem a capacidade de organizar-se socialmente, assumindo a partir de suas atitudes, do seu modo de pensar e decidir, posições políticas. Alicerçada em Aristóteles, Hannah Arendt (2010) ressaltou a liberdade como elemento inerente à política, exercida na associação de indivíduos que reunidos na esfera pública e em posições de igualdade, respeitadas as suas diferenças e reconhecida a pluralidade do contexto, podem agir politicamente, isto é, dizer e deliberar com vistas a qualificar a vida em comum. O filósofo e historiador Michel Foucault (1979) afirmou que as pessoas fazem política todos os dias, até consigo mesmas. Isso é possível na medida em que, diante dos conflitos (sejam eles de caráter social ou pessoal) é preciso decidir a todo o momento, e decisões acabam influenciando, direta ou indiretamente, a vida dos outros. 1 Doutora em Educação pela Universidade de Caxias do Sul - UCS (2019), integrante e pesquisadora do Observatório de Educação da Universidade de Caxias do Sul. Possui Mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS (2007); licenciatura em Ciências (1987) e Pedagogia (2004) pela Universidade de Caxias do Sul- UCS. 2 Mestre em Educação pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Especialista em estudos culturais em educação pela Universidade Federal do Rio Grande Do Sul (UFRGS). Licenciada em Letras (Português/Inglês) pela UCS. Membro do Grupo de Pesquisa História da Educação, Imigração e Memória (GRUPHEIM). Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.

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