Políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas

178 Políticas de educação superior e avaliação no Brasil contemporâneo:... pessoal do Estado, a burocracia. Sendo que tais instituições vão desde àquelas responsáveis pela lei e a ordem, assim como, a violência e coerção, que somam os tribunais, a força policial e o exército, inclusive as instituições ligadas à política social e à educação. Entendendo a noção de Estado-Nação em que as instituições do Estado são geograficamente localizadas num território limitado. O referido autor, está de acordo com Gramsci, quando afirma que: A educação, como parte do estado, é no fundo um processo de formação do “conformismo social.” Os sistemas educacionais, e as escolas em particular, são vistos como instrumentos privilegiados para a socialização de uma cultura hegemônica. O estado como “estado ético” ou como educador, na visão de Gramsci, assume a função de construir uma nova civilização. Desta forma ele constitui um instrumento de racionalização. Na análise de Gramsci, escolas e igrejas são vistas como as maiores organizações culturais em cada país, e como as que em última análise produzem hegemonia. Esta noção de hegemonia em Gramsci refere-se a um processo de liderança intelectual e moral estabelecida. Mas este consenso é dinâmico e não estático. Ele sempre emerge de uma luta ou confronto entre forças sociais, ideológicas, filosóficas e concepções gerais de vida. Ele entende hegemonia como um processo de dominação social e política, onde as classes governantes estabelecem seu controle sobre as classes a elas aliadas através de liderança moral e intelectual. A hegemonia adquire um caráter pedagógico; mas Gramsci também se refere à hegemonia como o uso dual de força e ideologia para reproduzir relações sociais entre as classes governantes e as classes subordinadas. Se a hipótese de Gramsci for plausível, então o exame da relação entre o estado e a educação torna-se central para compreender a política e a cultura nas sociedades capitalistas. (TORRES, 2001, p. 26). Para que a real finalidade da avaliação não se perca, é preciso que se trabalhe de forma conjunta: Instituição, comunidade, governo, docentes, discentes, para que o resultado obtido através da prova direcione para um caminho positivo, que contribua para a melhora na educação e não apenas a critique. Assim, ficará evidente o papel das avaliações em larga escala como ferramentas para aprimorar e oferecer novas alternativas para as instituições de ensino, possibilitando novos caminhos a serem seguidos em relação aos interesses do sistema de ensino. Assim, percebemos a importância do SINAES para verificação da organização, planejamento e gestão das instituições de Ensino Superior. Nessa perspectiva, um sistema de avaliação pode se tornar uma espécie de banco de dados que organiza informações periódicas que sejam comparáveis e que permitam um estudo mais apurado sobre os

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