170 Políticas de educação superior e avaliação no Brasil contemporâneo:... Através da avaliação interna, a Instituição como um todo pode se preparar para lançar estratégias que ajudem a melhorar diversos aspectos, sendo necessário planejar antes de agir. Falar em qualidade é um desafio. Qualidade no Ensino Superior é algo complexo de ser definido, é verificar as potencialidades e fragilidades e, percebermos que não é qualquer processo sistêmico que possibilitará função tão importante. Dias Sobrinho (2000, p. 85) ao definir a qualidade no Ensino Superior destaca que: A noção de qualidade em educação é inseparável da noção de cidadania. Qualidade, atributo essencial a ser construído no conjunto do trabalho universitário, tem, como se sabe, do ponto de vista da universidade, uma semântica dispersiva. Por isso, intervêm do exterior aqueles conceitos normalmente referenciados à produtividade rentabilidade do mercado e da tecnocracia. A avaliação participativa pode ser um instrumento poderoso para a consolidação e articulação de redes interuniversidades que procurem reafirmar a multidimensionalidade institucional, a complexidade dos processos e dos produtos acadêmicos e científicos e operem em espécie de “resistência à tecnologização da epistemologia” (Morin) e à racionalização da vida pelo economismo. O conceito de qualidade do trabalho educativo, essencialmente científico e inseparavelmente técnico, político e pedagógico deve brotar da livre comunicação, sobretudo no intercâmbio das comunidades universitárias organizadas. Nesse quesito, os coordenadores foram questionados se acreditam que devemos nos preocupar somente com o ENADE na trajetória do curso ou com a preparação de alunos críticos. Em resposta, os gestores apresentam que: C5: “A formação do aluno perpassa a avaliação do ENADE. Exige uma formação integral para o mundo profissional, ou seja, com certeza devemos nos preocupar com a formação de alunos críticos, não somente para a realização do ENADE, mas sim para a vida profissional e pessoal”. C7: “Aluno Crítico, sem dúvida. Isto passa por um processo permanente de atualização dos professores e dos projetos pedagógicos dos cursos e envolvimento dos alunos no ensino, na pesquisa e na extensão”. Para os coordenadores, a formação do aluno crítico deve ser o foco, o ponto de chegada de todos os cursos. No entanto, muitos
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