165 Silvia Regina Canan e Vanessa Taís Eloy C6: “Pode. Motivar os alunos e professores a manter a qualidade em caso de tirar uma nota boa, buscando sempre um crescimento maior. Caso for regular a nota, merece retomar o todo do curso e/ou da Universidade para dar uma boa “injeção” de qualidade. Por isso, reforço dizendo que é preciso manter a qualidade sempre. O ENADE é periódico, mas pode indicar estratégias de gestão, “acordar” para a superação de algumas deficiências pontuais”. De acordo com o Coordenador citado, o ENADE pode ser considerado um mecanismo de avaliação dos cursos na atualidade que merece atenção. A melhor estratégia é manter o nível de qualidade no ensino que o resultado virá sem que haja necessidade de induzir o currículo com o intuito de responder a uma prova. Ainda assim, Feldmann; Souza e Heinzle (2016, p. 12) alertam que “[...] o sentido da regulação que o ENADE traz faz com que as IES e, consequentemente, coordenadores de cursos, sintam-se sob constante fiscalização do Estado, que institui a maneira como se deve agir. As falas dos coordenadores participantes da pesquisa permitem constatar que, enquanto política de avaliação, o ENADE, apesar de suas especificidades, é uma importante ferramenta para o controle de qualidade dos cursos superiores. Constatamos que todos os coordenadores, de alguma forma, lançam mão de estratégias de gestão para melhorar os resultados do curso. Estratégias de gestão são de grande relevância para o sistema de avaliação. Desta forma, percebemos que os gestores não abrem mão de utilizá-las no processo. Para complementar a ideia, Tumolo (2010) salienta a importância de algumas estratégias de gestão, que vão muito além de preparar para uma prova: Planejamento e execução de disciplinas de forma integrada; Desenvolvimento de projetos integradores e de atividades interdisciplinares; Aplicação da metodologia de Resolução de Problemas e Estudo de Caso como estratégias de ensino e avaliação; Realização de semanas temáticas acadêmicas e eventos com profissionais envolvidos com o mercado de trabalho; Incremento de bibliografia complementar e atualização constante dos conteúdos e competências vinculadas às disciplinas; Utilização de metodologias ativas de ensino, principalmente, por meio da pesquisa e da extensão; Manutenção da monitoria como atividade de apoio pedagógico permanente; Realização de investimentos na titulação e na formação dos docentes, assim como na vinculação dos mesmos ao curso; e Qualificação das salas de aula e dos laboratórios e investimentos em recursos materiais e equipamentos que favoreçam a aprendizagem. (p. 13).
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