157 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E AVALIAÇÃO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: A QUESTÃO DO ENADE EM XEQUE! Silvia Regina Canan1 Vanessa Taís Eloy2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS A avaliação, desde a década de oitenta, do século XX, tem recebido destaque na Educação, seja ela escolar e ou superior, tendo como foco o caráter de responsabilidade dos resultados atribuídos pelos governos neoconservadores e neoliberais, representados, em sua maioria, pela valorização de um Estado Avaliador que administra em detrimento a um perfil de Estado Formador. A designação, Estado Avaliador, sugere a competitividade, a educação direcionada para os interesses do mercado capitalista por meio de reproduções da gestão de empresas privadas, bem como a valorização dos “produtos” que são os resultados das avaliações externas. “Neoliberalismo” e “Estado neoliberal” são termos usados para designar tal perfil de Estado que surgiu na América Latina, nas duas últimas décadas, e vigora até o final de segunda década do terceiro milênio. Diante disso, vale a pena citar Torres, (2001): [...] Os governos neoliberais promovem as noções de mercados abertos, livre comércio, redução do setor público, menos intervenção do estado na economia e a desregulação de mercados. [...] A fundamentação política racional do estado neoliberal é feita de uma mistura de teorias e grupos de interesse 1 Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado em Educação da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. 2 Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado em Educação da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI.
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