Políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas

152 Cotidiano de um Programa de Pós-Graduação em Educação: análise das políticas. Por outro lado, o Programa precisaria ampliar a participação dos mestrandos e doutorandos no processo de avaliação interno e externo. A grande maioria dos alunos não conhece o processo interno de avaliação, com exceções daqueles estudantes que exercem funções representativas em fóruns e colegiados, tampouco tem conhecimento sobre o processo externo de avaliação, exercido pela CAPES. Nesses casos, somente bolsistas CAPES ou CNPq tem algum conhecimento sobre exigências e prazos das agências, porém não relacionam isso a um processo maior que é a avaliação CAPES. A escuta dos discentes é um processo que precisa ser aprimorado, pois, a falta de instâncias de manifestação dos principais envolvidos na Pós-Graduação pode provocar um distanciamento entre a finalidade do projeto de Pós-Graduação desenvolvido e seu impacto na realidade. Além disso, poderão ser trabalhados parâmetros para medir a satisfação e a qualidade do ensino de dentro para fora, sem a necessidade de transferir toda a responsabilidade da avaliação para a CAPES. Cabe ressaltar que o programa investigado já desenvolve ações de avaliação interna, enfatizada, em muitos momentos, pelos docentes e pela coordenação, e com espaços de interação com os acadêmicos. Mas a análise dos questionários dos discentes indica que ainda existe um longo caminho a ser trilhado na direção de uma efetiva participação estudantil no processo de avaliação. Ao final desse capítulo, novas questões emergiram e demandam respostas compatíveis com a identidade construída em cada área e em cada Programa de Pós-Graduação. Outras pesquisas deveriam ser desenvolvidas para que, num futuro próximo, possamos avançar na discussão de elementos do processo de avaliação que permitam uma nova leitura da Pós-Graduação nos termos de: inserção social, participação de discentes, qualidade e pertinência. Portanto, concluir significa abrir novos caminhos e novas possibilidades de pesquisa. REFERÊNCIAS BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A pergunta a várias mãos: a experiência da pesquisa no trabalho do educador. São Paulo: Cortez, 2003. BRASIL. Senado Federal. Subsecretaria de Informações. Decreto nº 29.741, de 11 de julho de 1951. Brasília: Diário Oficial da União, de 13 de julho de 1951, p. 10425.

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