Políticas educacionais: contextos e análises contemporâneas

131 Quênia Renee Strasburg o instrumental para os países em desenvolvimento e o da inovação para os países desenvolvidos. As propostas do BM para educação apresentam, ao longo da sua história, estreita relação com os interesses do capital. Assim, o setor educacional passou a ser um mercado rentável e promissor. Esse interesse justifica a exigência de que os serviços educacionais estejam alinhados às novas tecnologias, modos de produção e do capitalismo no século XXI. Ressalta-se, que a maneira como essas influências são contempladas e implementadas nas políticas de cada Estado-nação devem ser verificadas na sua singularidade. Para finalizar, no que toca ao Brasil, a análise das políticas educacionais, evidenciam que o BM continua atuando de ampla e de variadas formas na educação. Mesmo que a atuação do BM no país não seja divulgada, ou não esteja concentrada em empréstimos, a trajetória das políticas educacionais comprova que o Banco continua a ser uma poderosa referência intelectual, como registram inúmeros documentos da agência, além de estabelecer uma gama de relações e parcerias com o setor privado. Dessa forma, o BM se adequa ao contexto do conhecimento e da inovação, no qual as suas relações e influências se tornam fluidas como exigem os novos tempos. REFERÊNCIAS ALTVATER, Elmar. O fim do capitalismo tal qual o conhecemos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. BALL, Stephen J.; BOWE, Richard. Subject departments and the “implementation” of National Curriculum policy: an overview of the issues. Journal of Curriculum Studies, London, v. 24, n. 2, p. 97-115, 1992. BELL, Daniel. O advento da sociedade pós-industrial. São Paulo: Editora Cultrix, 1973. BROAD, Robin. Research, knowledge, and the art of “paradigm maintenance”: the World Bank’s Development Economics Vice-Presidency (DEC). Review of International Political Economy, London: Routledge, v. 13, n. 3, p. 387-419, 2006. CASTELLS, Manuel. The Rise of the Network Society, London: Blackwell, 1996. DRUCKER, Peter. The age of discontinuity: guidelines to our changing society. London: Heinemann, 1969.

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