129 Quênia Renee Strasburg como os países se enquadram na economia do conhecimento. A KAM trabalha com uma extensa base de indicadores sobre os países e fornece inclusive, um índice de como cada país está em comparação com os vizinhos. Essa ferramenta faz parte da política de consultoria do BM aos seus países clientes. O K4D se estrutura nos mesmos 4 pilares da OCDE17: (1) registro institucional e econômico que fornece incentivos para uso do conhecimento e florescimento do empreendedorismo; (2) população educada para criar e compartilhar conhecimento; (3) sistema de inovação em empresas, organizações, universidades e think-tanks para explorar os recursos globais e adaptá-los as necessidades locais e criar novas tecnologias; (4) tecnologias da informação e comunicação (TIC) que podem facilitar e disseminar o processamento de informações. A KAM se estrutura nesses 4 pilares do K4D e utiliza as variáveis estruturais de cada país para fornecer um Índice de Economia do Conhecimento18 (KEI) e o Índice de Conhecimento19 (KI). Conforme, Robertson (2008), a KAM passou por várias reformulações e, em 2007, contava com informações de 132 países e a metodologia trabalhava com 81 variáveis estruturais e quantitativas para chegar ao Índice de Economia e ao Índice de Conhecimento. Nos anos 1980, os EUA perceberam que o setor de conhecimentos poderia oferecer uma vantagem competitiva para as economias desenvolvidas principalmente na disputa com os países europeus e do leste asiático. A vantagem dos EUA se estabelecia através do valor dos commodities, que levou a estratégia de “acumulação centrada na ampliação e aprofundamento do setor de serviços e na extensão dos direitos de propriedade intelectual e os meios de proteger esse direito internacionalmente e retornar valor para os EUA”. (ROBERTSON, 2008, p. 19, tradução nossa). Para implementar essas estratégias, outras organizações auxiliaram, criando novos termos e condições. Um exemplo foi a cria17 Mesmo que os pilares da economia do conhecimento sejam os mesmos para as duas organizações é importante diferenciá-las. As duas instituições, BM e OCDE, possuem aproximações, porém discordam em como a educação deve ser trabalhada. A educação para o Banco Mundial favorece o mercado e o individualismo como meios para desenvolver conhecimentos e habilidades para a economia do conhecimento. A educação, para a OCDE, no entanto, embora preocupada com a formação de capital humano, rejeita o modelo de mercado. O modelo a ser seguido é o do liberalismo institucionalmente incorporado para superar os problemas colocados pelo conhecimento tácito. (ROBERTSON, 2008, tradução nossa). 18 Knowledge Economy Index (KEI) – tradução nossa. 19 Knowledge Index (KI) – tradução nossa.
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