126 Banco Mundial: análise da trajetória de influências nas políticas educacionais econômico só veio a se transformar em um conceito central ou conceito guarda-chuva mais tarde sob a presidência de James Wolfensohn e a criação do Banco do Conhecimento. O relatório do BM, Aprendizagem ao Longo da Vida (2003), inicia explicitando a ideia de conhecimento do Banco, que se aproxima muito às concepções de Bell e Castells. Uma economia do conhecimento baseia-se principalmente no uso de ideias, em vez de habilidades físicas e na aplicação da tecnologia, em vez da transformação de matérias-primas ou a exploração de mão de obra barata. É uma economia em que o conhecimento é criado, adquirido, transmitido e utilizado de forma mais eficaz por indivíduos, empresas, organizações e comunidades para promover o desenvolvimento econômico e social. [...] A economia do conhecimento está transformando as demandas do mercado de trabalho nas economias de todo o mundo. Nos países industrializados, onde as indústrias baseadas no conhecimento estão se expandindo rapidamente, as demandas do mercado de trabalho estão mudando adequadamente. (WORLD BANK, 2003, p. 1, tradução nossa)13. A economia do conhecimento atinge a todos os países, sejam eles desenvolvidos ou em desenvolvimento, na perspectiva do BM. Neste contexto, todos os países passam a ter chances de desenvolver suas economias sob o paradigma do conhecimento, seguindo as orientações e políticas do Banco. Robertson (2008) argumenta que os princípios do Programa do BM, K4D é idêntica à concepção elaborada pela OCDE em 2005, citada no discurso do vice-secretário geral, Berglind Asgeirsdottir: O desenvolvimento da economia do conhecimento depende de quatro “pilares” principais: inovação, novas tecnologias, capital humano e dinâmica empresarial. Escolhi ilustrar os fatores importantes que moldam a economia do conhecimento como um “templo grego” com quatro pilares. Os “fundamentos econômicos” são a base sobre a qual os quatro pilares estão de pé. Os quatro pilares também estão ilustrando que, para a economia do conhecimento se desenvolver e crescer, não é suficiente concentrar-se em uma única política ou arranjo institucional. Toda 13 A knowledge-based economy relies primarily on the use of ideas rather than physical abilities and on the application of technology rather than the transformation of raw materials or the exploitation of cheap labor. It is an economy in which knowledge is created, acquired, transmitted, and used more effectively by individuals, enterprises, organizations, and communities to promote economic and social development...The knowledge economy is transforming the demands of the labor market in economies throughout the world. In industrial countries, where knowledge-based industries are expanding rapidly, labor market demands are changing accordingly.
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